Gente é vício, vai por mim.
Na semana passada eu disse que gente é vício. E algumas pessoas quiseram saber mais sobre isso. “Como assim, ser viciado em pessoas?”
Aposto que você leu a frase pensando: “você diz isso porque acorda de manhã feliz da vida. Meu cérebro só acorda depois das 10h. Dar bom dia para as pessoas, então, é impossível antes do primeiro café”.
Explico: para entender isso, é importante tentar observar a vida do ponto de vista do dono do espaço onde você está. Eu te ajudo! Feche seus olhos, respire fundo, recoste na cadeira em que está sentado. Sinta o espaço ao seu redor. O que te parece? Que percepções você tira dele? Ele parece grande, maior do que quando você está de olhos abertos? É mais claro? Mais quente? O que você pensa quando se vê em seu escritório?
E as pessoas à sua volta? Como será que elas estão se sentindo? Será que estão todas satisfeitas, felizes, dispostas? Será que precisam de algo? Estão bem instaladas? Onde estão as conversas? De que tipo de ajuda elas precisam? (um pouco de preocupação demais, não?) Agora imagine que você iniciou suas atividades às sete da manhã. São oito horas. Ninguém no escritório. “Ahhhhhhh, posso fazer minhas coisas sem ninguém interferir”, você pensa. E aí se dá conta de que quer muito que alguém chegue. De que estar sozinho é chato! E na sequência, pensamentos como “será que aconteceu alguma coisa?” ou “hoje é feriado?”, começam a tomar conta da sua cabeça. E você sente falta do barulho, do cheirinho de café de quando alguém pega uma xícara. Aí você quer contar uma novidade para a pessoa que sempre está na sala. Ou compartilhar uma história engraçada… E nada. Silêncio, preocupação, saudade. Dá para ter saudade de pessoas que não são da nossa família? Dá para se preocupar com gente que não é parente?
Sentiu? Bem vindo ao clube dos viciados em pessoas. É assim que o dono do espaço se sente o tempo inteiro. Mas ele ainda tem mais algumas preocupações na cabeça… Ele precisa pensar em como as pessoas ali dentro vão se relacionar, em como elas vão se tornar uma família. Em que tipos de interações podem acontecer, de que forma seria legal que os membros do espaço se relacionassem, em como dar mais conforto aos residentes, no compartilhamento de conhecimento, oportunidades e contatos.
Aqui no Clube de Negócios, o nosso ponto é que queremos que todos se sintam em casa, confortáveis para trabalhar de acordo com sua vontade e necessidade, mas que estejam dispostos a interagir e deixar sua marca nas pessoas que fazem parte de nosso coworking. Queremos que todos sejam viciados em pessoas também. A gente entende que o compartilhamento passa de um simples gesto… é bem mais do que simplesmente se sentar em uma mesa com mais algumas pessoas e fazer o que precisa ser feito. É sobre como otimizar seu escritório, como reduzir custos aumentando sua exposição à potenciais clientes e parceiros, aumentar sua rede, ter mais conhecimento…. enfim, é sobre como dividir um espaço é capaz de multiplicar tudo o que desejamos!
Eu, por exemplo, estou acostumada a estar cercada de pessoas o tempo todo, gosto disso e sinto muita falta quando não tenho alguém por perto. Sei que nem todo mundo é assim, que tem gente que prefere aqueles cinco minutos de silêncio absoluto, mas cá entre nós, eu prefiro aqueles dois minutos de risadas. Prefiro aquele murmurinho de fundo do que a música nos fones de ouvido. Prefiro ter ideias o tempo todo, trocar sempre, expandir as fronteiras cada vez mais.
E no final deve ser isso… gente é vício, coworking estica as fronteiras, o compartilhamento multiplica!
E você? É residente em algum coworking e tem uma dúvida? É fundador e tem algo que gostaria que todos soubessem? Me escreve: laura@clubedenegocios.biz
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