Sim, há um motivo para meu espaço ser como é, acredite!
Muita gente que entra aqui no Clube de Negócios me pergunta várias coisas. Várias mesmo. Mas tem uma meia dúzia que sempre se repete – e eu adoro falar sobre!
“Essa casa é sua? Tem um clima tão bom!”
A casa é sempre nossa, pelo menos no contrato! Rs. Tem alguns coworkings que ficam em imóveis alugados, tem espaços que são misturados. E tem espaços próprios.
Bom, o meu é da minha família. Foi da minha avó, e construída por ela e pelo meu avô. Moraram aqui com a minha mãe e minha tia, seria bacana se ficasse com a gente por muito tempo. Ainda estamos reformando alguns cômodos e nos ajustando para fazer um coworking com os princípios em que fomos criados, então expandimos aos pouquinhos. De tempos em tempos, um cômodo novo, uma sala nova, novos serviços. Sempre cheio de gente, sempre com risadas, sempre felizes.
Acho que o carinho que tenho por ela faz com que o ambiente reflita isso. Nossos residentes já disseram, mais de uma vez, que se sentem em casa.
Sei que não falo por todos os fundadores e proprietários de coworking, mas acredito que boa parte de nós compartilha desse sentimento: abrir o próprio espaço é doar-se para pessoas, permitir-se conhecer gente nova e expandir as perspectivas. Abrir a própria casa é quase como escancarar para o mundo o que temos dentro de nós.
Entendo que o espaço é um diferencial para quem opta por um ou outro coworking. Sinceramente? Estou convencida de que o escritório compartilhado deve ser uma extensão da nossa casa, onde nos sentimos bem e confortáveis e o mais importante: felizes e estimulados a trabalhar.
“Por que tão roxo?”
Roxo é a cor da minha vida. Me inspira, me motiva, me faz refletir. Roxo é a cor da mudança, da transmutação, como uma amiga minha certa vez me disse. Transcende o entendimento, obriga a pensar, faz relaxar e, ao mesmo tempo, sentir-se estimulado a agir.
Por que tão roxo? Porque quero que você sinta todo o seu potencial fluindo, porque é o que vai fazer sua mente voar. E porque é muito bonito também.
“E como foi que você decidiu abrir o espaço?”
Estava andando na rua, tropecei e bati a cabeça, HAHAHA. (Os outros donos de coworking riram comigo, acredite). Brincadeiras à parte, a decisão de abrir o Clube de Negócios veio, inicialmente, por uma grande dificuldade de desapego: não queria, por nada nessa vida, que a casa não fizesse mais parte da minha rotina. Egoísmo puro, eu sei.Mas o engraçado foi que, depois de aberto o espaço e com alguns residentes, percebi que o que eu queria que fosse meu – e só meu – era, na verdade, algo que já era todo mundo. E entendi o recado, que depois virou missão! Sempre foi assim, assim permanecerá.
“Mas você não tranca o portão?”
Ué, e um templo fecha as portas? Ou uma escola? JAMAIS! O espaço é coletivo, a coletividade não deve enfrentar barreiras, bem como a criatividade. Por questões de segurança, ele é trancado, é verdade, mas não o dia todo. Em nosso horário de funcionamento, a porta nunca será um fator que barre sua entrada.
Era assim nos tempos da minha avó, será assim nos tempos modernos. =)
Claro que nem todos os espaços são assim. Porteiro eletrônico, campainhas, portas, portinhas e portões dos mais diversos tipos. AINDA ASSIM, eu du-vi-do que te impeçam de entrar.
“Como você faz para dar conta de tudo?”
Força de vontade + parceiros maravilhosos + residentes incríveis. Acredite, isso ajuda muito. Mas não vamos nos esquecer de teimosia, noites sem sono, finais de semana e feriados em claro. A garra conta muito! Os donos de espaços que cuidam diretamente da operação passam boa parte de seu tempo “namorando” o escritório: “Poxa, aquela parede está suja.”, “Será que tem café?”, “Estão todos bem?”, “Precisamos de móveis novos”, “isso precisa melhorar”… e uma lista infinita de coisas a serem feitas surgem em segundos.
E quem está no espaço nem sempre percebe… A gente passa por avoado, distraído…. Mas é porque estamos pensando em reorganizar um cômodo ou arrumar alguma coisa!
“Mas e aí? Como você faz com a sua vida social?”
Cara, eu tenho pessoas maravilhosas ao meu lado todo dia! Quer coisa mais efervescente do que a vida social de um founder? E no final do dia, a gente só quer se reunir com os amigos que não “moram” nos nossos espaços (ou até recebe-los!) e ver nossas famílias!
Tem dias que a gente só quer silêncio, em um quarto escuro e sem ninguém. Mas, pelo menos no meu caso, passa rapidinho. Dá vontade de se afastar das pessoas, só que não tem como, gente é vício.
Você é residente em um coworking e tem uma dúvida? É founder e tem uma sugestão? Me escreve: laura@clubedenegocios.biz
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